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[Artigo] “Taxa zero” de IRAS. É possível?

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As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são aquelas adquiridas ou relacionadas à internação hospitalar. Existem critérios específicos para atribuirmos uma classificação de IRAS a um paciente, assim como existem diversas leituras e recomendações a respeito do assunto.

As IRAS geram impacto sobre a letalidade hospitalar, duração da internação e custos. Por essa razão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são um problema de saúde pública e a OMS recomenda que as autoridades em âmbito nacional e regional desenvolvam ações para reduzir o risco de contrair essas infecções.

No Brasil, há um consenso entre os especialistas da área sobre a necessidade de ações estratégicas para a redução das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, como promover a higienização das mãos; elaborar e aplicar uma série de protocolos de prevenção; adotar medidas de precaução e isolamento; gerenciar o uso de antimicrobianos; e elaborar protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.

Essas ações devem ser organizadas nos serviços de saúde com a instauração do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1997. Nesse sentido, é essencial o engajamento das agências de saúde pública, CCIHs (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) e profissionais de saúde das instituições, visando monitorar a incidência de IRAS, estabelecer “benchmarking” entre as instituições de saúde, monitorar os indicadores de processo e acompanhar o cumprimento de boas práticas para prevenção de infecções, de modo que resulte na redução da morbimortalidade associada. Para coordenar todas essas iniciativas, e conseguir mensurar os resultados, é preciso também que os profissionais de CCIH estejam preparados e qualificados para lidar com as novas tecnologias e a as novas demandas, como a análise de dados, por exemplo.

Conforme mencionado no artigo “Policies for control and prevention of infections related to healthcare assistance in Brazil: a conceptual analysis. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(3):502-508”, a redução de IRAS a níveis evitáveis irá depender de quatro pilares estratégicos de ações, sendo estes:

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