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[Artigo] Prevenção de TEV na prática: onde e como as falhas acontecem?

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São em pequenas brechas, durante a execução diária, que as falhas no protocolo de TEV aparecem. Para manter a adesão, é preciso envolver a alta direção, formar uma equipe multidisciplinar, definir uma metodologia e fazer auditorias clínicas. Mas, para além desses passos estruturais, garantir que não há lacunas na execução do dia a dia é um fator decisivo para o sucesso de qualquer programa de profilaxia de TEV.

O mapa de processos da AHRQ, agência americana de qualidade e segurança em saúde que serve de referência mundial, mostra as etapas em que há mais falhas. Cerca de 35% delas acontecem na etapa de avaliação: ou ela não é feita, ou está incorreta. Por isso, tão importante quanto garantir que a avaliação seja feita, é assegurar que ela é eficaz.

Avaliação de risco para protocolo de TEV

Ao pesquisar como era feita a avaliação de risco para protocolo de TEV, um hospital percebeu que os profissionais que aplicavam o questionário tinham dúvidas importantes sobre alguns dos conceitos aos quais eram feitas referências nas questões: qual era a definição de câncer ativo? O que interpretar como mobilidade reduzida em cada faixa etária? O que considerar como falha respiratória e cardíaca? As imprecisões nessas definições podem levar a uma avaliação de risco parcial ou errônea.

Outros 30% das falhas ocorrem no momento de conectar o risco do paciente à melhor maneira de fazer a prevenção. O médico deixa de prescrever a profilaxia quando necessária ou não recomenda a forma ou dose adequada ao risco identificado.

Mais um ponto de falha costuma ser na dispensação: em 15% das vezes, a avaliação foi correta e houve prescrição, mas a medicação ou a profilaxia mecânica (meias elásticas de compressão, dispositivo de compressão pneumática intermitente) não chegou ao paciente na hora certa.

O momento da primeira dose é crucial para a prevenção adequada de TEV. Não há uma receita de bolo que sirva para todos os pacientes. É preciso avaliar caso a…

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Autora: Karina Pires – Enfermeira, fundadora e diretora operacional do IBSP.