[Artigo] Novas diretrizes para o tratamento de doenças causadas por Clostridium Difficile (ICD)
Já estão disponíveis as novas diretrizes clínicas baseadas em evidências sobre o manejo da infecção por Clostridioides difficile (ICD) em adultos. A Sociedade de Doenças Infecciosas da América (Infectious Diseases Society of America — IDSA) e a Sociedade de Epidemiologia da Saúde da América (Society for Healthcare Epidemiology of America — SHEA) as desenvolveram para o ano de 2021 com uma equipe multidisciplinar. As recomendações são para profissionais de saúde que cuidam de adultos com ICD.
A ICD é uma infecção relacionada à assistência à saúde mais comum nos Estados Unidos e está associada ao uso de antibióticos prévios. Ela pode acometer, principalmente:
- Idosos com 65 anos ou mais que tomam antibióticos e recebem cuidados médicos;
- pessoas que permanecem em hospitais e lares de idosos por um longo período;
- pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou infecção anterior por C. difficile.
Os sintomas da infecção por Clostridioides difficile podem começar dentro de alguns dias ou várias semanas após o uso de antibióticos. Eles incluem:
- Diarreia: fezes líquidas e aquosas (aumento dos episódios ao longo do dia) por vários dias;
- Febre;
- Sensibilidade estomacal;
- Perda de apetite; e
- Náusea.
Essa atualização foi baseada em evidências derivadas de revisões sistemáticas da literatura sobre tópicos específicos e inclui três novas recomendações para o tratamento de ICD em adultos. Dentre essas, duas modificam recomendações anteriores sobre o tratamento de um episódio inicial de ICD e tratamento de um primeiro episódio recorrente de ICD. A terceira refere-se à indicação do uso de um agente de tratamento adjuvante para CDI.
Veja a seguir as recomendações para o manejo da ICD em adultos.
I. EM PACIENTES COM EPISÓDIO INICIAL DE INFECÇÃO POR Clostridioides difficile, DEVE-SE USAR FIDAXOMICINA EM VEZ DE VANCOMICINA?
Recomendação:
- Para pacientes com um episódio inicial de infecção por Clostridioides difficile (CDI), sugerimos o uso de fidaxomicina em vez de um curso padrão de vancomicina (recomendação condicional, certeza moderada de evidência). Comentário: Esta recomendação valoriza muito os efeitos benéficos e a segurança da fidaxomicina, mas sua implementação depende dos recursos disponíveis. A vancomicina continua sendo uma alternativa aceitável.
II. EM PACIENTES COM EPISÓDIO(S) RECORRENTE(S) DE CDI DEVE SER USADO FIDAXOMICINA EM VEZ DE VANCOMICINA?
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